sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013


LITERATURA INFANTIL: UM CAMINHO PARA O PRAZER DA LEITURA.

 

Francisca Deusina de Carvalho[1]

Josiane Rodrigues Ramos de Oliveira[2]

Josivam Rodrigues Ramos da Costa[3]

 

 

RESUMO:

 

 

O presente artigo vem tratar de um tipo de leitura que vem chamando a atenção tanto de crianças como também de adultos. É a leitura do conto, do mágico, da lenda, enfim, de leitura agradável que prende a atenção mesmo sem querer pela sua associação com a Pedagogia, onde o incentivo por suas leituras têm desenvolvido e motivado as pessoas a adquirirem o gosto e o hábito de ler: trata-se da Literatura Infantil. A leitura e a literatura infantil têm se constituído em grandes referências para o desenvolvimento da criança. Percebe-se que a criança começa a formar sua leitura de mundo e despertar para rabiscos, traços e desenhos desde cedo. Cabe então enfatizar que se faz necessário colocá-las em contato com a literatura de maneira prazerosa. Um caminho a ser percorrido nesse aspecto é a exploração criativa da Literatura Infantil. O rótulo literatura infantil é questionado, pois ela pode agradar não só as crianças como, muitas vezes, aos adultos, desenvolvendo nelas, entre outras coisas, a imaginação, a criatividade, a expressão das idéias e o prazer pela leitura. A literatura valoriza o desenvolvimento infantil como critérios para seleção de livros que o pequeno leitor irá manusear. Sendo assim, é muito importante a disponibilização de várias obras ao alcance de crianças, sejam elas utilizando ou lidos por adultos, desta forma a criança aprende a gostar de ver, ler e ouvir textos e histórias, tornando assim um hábito saudável e interessante.

 

Palavras Chave: Leitura - Literatura Infantil - Prazer - Hábito.

 

 

 

ABSTRACT:

 

 

The present article comes to deal with a type of reading that comes in such a way calling the attention children as well as of adults. It is the reading of the story, the magician, the legend, at last, of pleasant reading that arrests the same attention without wanting for its association with the Pedagogia, where the incentive for its readings have developed and motivated the people to acquire the taste and the habit to read: one is about Infantile Literature. The reading and infantile literature if have constituted in great references for the development of the child. One perceives that the child starts to form its reading of world and wakening for scribbles, traces and drawings since early. It fits then to emphasize that one becomes necessary to place them in contact with the literature in pleasant way. A way to be covered in this aspect is the creative exploration of infantile literature. The label infantile literature is questioned, therefore it can not only please the children as, many times, to the adults, developing in them, among others things, the imagination, the creativity, the expression of the ideas and the pleasure for the reading. Literature values the infantile development as criteria for book election that the small reader will go to handle. Being thus, the disponibilização of some workmanships to the reach of children is very important, is they using or read by adults, in such a way the child learns to like to see, to read and to hear texts and histories, thus becoming a healthful and interesting habit.

 

Words Key: Reading - Infantile Literature - Pleasure - Habit.

 

 

INTRODUÇÃO

 

Este artigo tem como objetivo, refletir sobre alguns aspectos que levam as crianças ao gosto pela leitura. Devido a isso se pensou em abordar a Literatura Infantil como forma de adquirir hábito e prazer ao se utilizar de uma obra literária para ler, explicitando seu valor e importância ao se trabalhar tanto na escola como disponibilizando às crianças em casa.

            A história dos livros para crianças inicia-se na Europa, no final do século XVII e durante o século XVIII. Antes dessa época não se escrevia para elas porque não existia infância. A criança era tratada como miniatura de adulto. Só em meio a idade moderna é que surgiu a concepção de uma faixa etária diferenciada, a partir de uma valorização que a criança passou a receber com interesses próprios, voltados especificamente para elas, que necessitavam de educação adequada, que a preparasse para a vida adulta.

            A Literatura Infantil no Brasil teve início em fins do século XIX. Até ali prevaleceu a literatura oral, onde misticismo e folclore se somavam a elementos indígenas, europeus e africanos. E foi em 1921 que nosso grande Monteiro Lobato estreou, com Narizinho arrebitado, apresentando ao mundo Emília, a mais moderna e encantadora fada humanizada. Foi ele que abriu caminho para que as inovações da Literatura adulta atingissem também a infantil, abrindo espaço ainda para o surgimento de muitos outros escritores de talento que se dedicaram às obras infantis. A partir daí o livro infantil passa ser entendido como uma mensagem entre um autor-adulto e leitor-criança. Nessa situação o ato de ler (ou de ouvir), se transforma em um ato de aprendizagem.

            Também mostra que a Literatura Infantil pode ser considerada como arte, pois a maneira como o leitor a interpreta é que faz a diferença, gerando curiosidade e interesse para desvendar os segredos das histórias, do mágico, da fantasia, enfim, além de facilitar a expressão de idéias, transformando assim em aprendizagem. Por isso se considera muito importante que os adultos leiam e contem histórias às crianças. São elas as principais interessadas pelo mundo mágico do conto, mas não significa que o adulto também não possa se interessar por esse tipo de leitura, já a Literatura Infantil é gostosa de ler e empolgante, pois chama e prende a atenção de quem a ler.

            Utilizar de uma obra literária infantil não significa que está se infantilizando, pois o que esse gênero mais transmite é emoção, prazer e diversão, já que a rotina cotidiana não proporciona muitos momentos desse tipo.

            Quanto às crianças, elas já chegam na escola com uma maneira própria de ler, pois as que tiveram contato com obras literárias, ou ouviram de sua famílias contos ou histórias, tem uma identificação e melhor aceitação com o momento da leitura. Mesmo antes de saber ler, elas lêem desenhos, fazendo leitura visual desenvolvendo a imaginação, a oralidade e a criatividade para assimilar a imagem com a história.

 

           

LITERATURA INFANTIL (BREVE HISTÓRICO)

 

            O impulso de contar histórias deve ter nascido no homem, no momento em que ele sentiu necessidade de comunicar aos outros alguma experiência sua, que poderia ter significação para todos. Não há povo que não se orgulhe de histórias, tradições e lendas, pois são a expressão de sua cultura e devem ser preservadas. Concentra-se aqui a íntima relação entre a literatura e a oralidade.

            Em seus primórdios, a Literatura foi essencialmente fantástica. Nessa época era inacessível à humanidade o conhecimento científico dos fenômenos da vida natural ou humana, assim sendo o pensamento mágico dominava em lugar da lógica que conhecemos. A essa fase mágica, e já revelando preocupação crítica às relações humanas ao nível do social, correspondem as fábulas. Compreende-se, pois, porque essa literatura arcaica acabou se transformando em Literatura Infantil: a natureza mágica de sua matéria atrai espontaneamente as crianças.

            A história dos livros para crianças inicia-se na Europa, no final do século XVII e durante o século XVIII. Antes dessa época não se escrevia para elas porque não existia infância. A criança era tratada como miniatura de adulto. Só em meio a idade moderna é que surgiu a concepção de uma faixa etária diferenciada, a partir de uma valorização que a criança passou a receber com interesses próprios, voltados especificamente para elas, que necessitavam de educação adequada, que a preparasse para a vida adulta.

            O caminho para redescoberta da Literatura Infantil se deu no século XX, sendo aberto pela Psicologia experimental, que revelando a inteligência como elemento estruturador do universo que cada indivíduo constrói dentro de si, chama a atenção para os diferentes estágios de seu desenvolvimento, sendo necessário adequar os textos para as diversas etapas: Pré-leitor - categoria inicial que abrange duas fases: primeira infância (15 meses aos 3 anos) e segunda infância (a partir de 2/3 anos) o Leitor iniciante (a partir de 6/7 anos) fase da aprendizagem da leitura. O Leitor em processo (8/9anos), fase em que a criança já domina com facilidade o mecanismo da leitura. O Leitor fluente (10/11 anos), fase de consolidação do domínio da leitura e da compreensão do mundo expresso no livro. O Leitor crítico (12/13anos), fase de total domínio da leitura, da linguagem escrita e capacidade de reflexão em maior profundidade.

            A Literatura Infantil no Brasil teve início em fins do século XIX. Até ali prevaleceu a literatura oral, onde misticismo e folclore se somavam a elementos indígenas, europeus e africanos. E foi em 1921 que nosso grande Monteiro Lobato estreou, com Narizinho arrebitado, apresentando ao mundo Emília, a mais moderna e encantadora fada humanizada. Foi ele que abriu caminho para que as inovações da Literatura adulta atingissem também a infantil, abrindo espaço ainda para o surgimento de muitos outros escritores de talento que se dedicaram às obras infantis. A partir daí o livro infantil passa ser entendido como uma mensagem entre um autor-adulto e leitor-criança. Nessa situação o ato de ler (ou de ouvir), se transforma em um ato de aprendizagem.

 

 

LEITURA E ARTE

 

                                
 Figura 1                                                                             Figura 2

           

O ato de leitura é uma atividade mental que exige a interação de diferentes fatores. E é abordada como uma maneira de se compreender e interpretar o mundo e não como uma mera decodificação de sinais. Já a importância da Literatura Infantil como arte se dá por conceder à criança várias interpretações, como se vê na figura 1.

            Como se sabe, a leitura é um processo de contínuo aprendizado, assim, salienta-se que desde cedo, é preciso formar um leitor que tenha um envolvimento integral com aquilo que ele lê. De maneira que a cada leitura, se possa adquirir mais profundidade e intimidade com o texto, que se consiga estabelecer um diálogo, fazendo perguntas e buscando respostas, seja o texto uma história, uma fábula, um conto de fadas ou qualquer outro.

            A Literatura Infantil desenvolve não só a imaginação das crianças, como permite que elas se coloquem como personagens das histórias, das fábulas e dos contos de fada, além de facilitar a expressão de idéias.

            De acordo com Jean Piaget:

                                              

A própria criança constrói seu conhecimento a partir de conhecimento anterior, desde que suas estruturas mentais estejam prontas para relacioná-las organizando-os de tal modo que cheguem a construir um conceito novo ou ampliar um conceito anterior constituído. (JEAN PIAGET)

 

Sendo assim, o objetivo da Literatura Infantil é o de formar leitores, pois por uma série de características e fatores ela desempenha esse papel melhor do que a literatura adulta, uma vez que é mais convidativo. Portanto é preciso oferecer às crianças, oportunidades de leitura de forma convidativa e prazerosa, como mostra a figura 2. E é nesse sentido que a Literatura Infantil vem assumir o papel de conduzir as crianças não só à aprendizagem, mas permitindo que se realize a leitura com fruição, Istoé, que se sinta o prazer no que está lendo.

Daí a importância dada atualmente à iniciação lúdica do pré-leitor no mundo da literatura. Torna-se claro que a formação do pequeno leitor deve começar bem cedo e prosseguir em gradativo aprofundamento até o final de seu ciclo de estudos na escola, dessa iniciação depende que o convívio essencial do educando com a leitura possa continuar crescente pela vida afora.

 

 

LENDO E APRENDENDO ATRAVÉS DE HISTÓRIAS

 

 

                              

                               Figura 3                                                                        Figura 4

 

Conscientemente ou não, a verdade é que todo discurso visa comunicar-se com alguém. Como vemos nas figuras 3 e 4, na literatura popular e na infantil, o apelo ao ouvinte, interlocutor ou leitor é muito freqüente. À medida que lemos um texto que nos chama a atenção, essa mesma leitura vem trazer conhecimento de tudo o mais que se relaciona com a leitura. É o que afirma Smith:

 

A leitura fornece seu próprio retorno. Com a finalidade de aprender fazemos previsões sobre o que vamos ler adiante, a fim de compreender, e construirmos hipóteses sobre o que uma palavra específica ou um trecho do texto tem probabilidade de significar. (FRANK SMITH - 1999 P. 88) 

 

            Mediante a afirmação anterior, é muito importante o adulto dar exemplo de leitura através de sua própria ação, sobretudo quando se lê histórias para crianças, pois esse hábito é um dos maiores incentivos à leitura.

            Muito antes de entrar na escola, a criança ver, toca, ouve e dar respostas, devido a isso se chega ao consenso de que a criança irá se interessar pela leitura a partir do momento que o educador na escola e a família der acesso para o mesmo descobrir o quanto é importante vivenciar e praticar o hábito de ler.      

            Mais adiante Smith vem dizer ainda que não é preciso ter receio de ler para crianças por medo delas se tornarem preguiçosas para lerem sozinhas, por isso é importante ressaltar suas palavras:

 

As crianças permitem que adultos ou outras crianças leiam para elas somente enquanto não forem capazes de ler sozinhas. No momento em que desenvolvem a competência da leitura, elas não permitirão que outra pessoa leia para elas. (FRANK SMITH - 1999 P. 121)

 

            Com base nas palavras do autor, percebe-se que é realmente proporcionar momentos de contos ou leituras de histórias, pois a vivência da leitura com momentos assim se tornará hábito, criando então na criança o desejo de estar cotidianamente em contato com a leitura, seja ela de qualquer forma, lida ou falda.

 

 

O CONTO DE FADAS, O CONTO MARAVILHOSO E AS LENDAS

 

 

                             

                               Figura 5                                                          Figura 6

 

            Em seus primórdios, a Literatura foi essencialmente fantástica. Nessa época era inacessível à humanidade o conhecimento científico dos fenômenos da vida natural ou humana, assim sendo o pensamento mágico dominava em lugar da lógica que conhecemos. Compreende-se, pois, porque essa literatura arcaica acabou se transformando em Literatura Infantil: a natureza mágica de sua matéria atrai espontaneamente as crianças, como se vê na figuras 5.

A Literatura Infantil é destinada para as crianças, mas sabe-se que por ser de um gênero tão agradável, chama a atenção dos adultos, pois suas leituras provocam emoções, dão prazer, diverte e educa. Nelly Novaes Coelho diz que:

 

A Literatura Infantil é, antes de tudo, literatura; ou melhor, é arte: fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem, a vida, através da palavra. Funde os sonhos e a vida prática, o imaginário e o real, os ideais e sua possível/impossível realização... (COELHO 2000 P.27)

O rótulo “literatura infantil” abarca, assim, modalidades bem distintas de textos: desde os contos de fada, fábulas, contos maravilhosos, lendas, histórias do cotidiano... até biografias romanceadas, romances históricos, literatura documental ou informativa. (COLELHO 2000 P.46-47)

 

            Os contos de fada, os contos maravilhosos, as lendas encantam, comovem, lançam Mao do sobrenatural, do mágico para criar representações simbólicas e educam indiretamente. Diante disso devem, pois ter presença constante nos trabalhos escolares, principalmente nas séries iniciais. Mas sem pensar em um resultado pedagógico automático. A importância maior está no prazer que os contos, fábulas e lendas despertam.

            È muito importante para as crianças as situações de interação, contato e manuseio de materiais escritos para sua evolução e aprendizagem da leitura. Mas, será ainda mais enriquecedor se o manuseio for com histórias de literatura infantil, pois os desenhos maravilhosos implícitos são como um convite que fascina a criança que é chamada a atenção pelas cores, proporcionando-lhe interesse e prazer, como se vê na figura 6.

 

 

A LITERATURA INFANTIL E A ESCOLA.

 

 

É relevante enfatizar que cabe ao professor selecionar muito bem as histórias que irá contar a seus alunos. E é necessário que através do diálogo, se descubra os gostos individuais da criança, para que dessa maneira se tenha êxito e sucesso na indicação de uma obra.

No mundo da globalização em que vivemos, quanto mais lemos, mais assimilamos o novo, por isso, tanto quanto a alfabetização, o letramento dos alunos é importante para a conquista da cidadania. É interessante salientar o que disse a autora Ana Maria Machado, numa entrevista dada à revista Nova Escola em setembro de 2001: “É preciso ensinar aos alunos a beleza da língua e reafirmar a noção de que o livro é um amigo que está sempre do nosso lado. Ler é gostoso demais. Por isso é natural que as pessoas gostem”. (MACHADO - 2001)

            As fases do desenvolvimento infantil, consideradas pela leitura, constituem-se um critério a ser observado para a seleção dos livros infantis, cabendo à escola e em especial ao professor, o compromisso de aproveitar toda produção literária e o abrir mão de trabalhar somente com livros didáticos.

            O professor deve estar atento também ao tipo de leitor que se quer formar. E como foi citado anteriormente, desde cedo, é preciso formar um leitor que tenha um envolvimento integral com aquilo que ele lê. Mas para isso é preciso ajudá-lo a sentir liberdade e prazer ao estar lendo.

            No entanto, percebe-se que pode não ser fácil formar esse tipo de leitor, pelo fato de a escola às vezes, exigir muitas situações no sentido de cobrança, contudo, o professor deve sensibilizar o aluno de forma a fazê-lo acreditar que o livro é o caminho para encontrar prazer, descobertas, lições de vida e que pode utilizá-lo para desenvolver a capacidade de pensar e crescer. Susana Vargas completa quando diz que: “Tratar leitura como uma atividade artística, talvez seja a forma de não vacinar as crianças contra ela...” (VARGAS - 1993 p. 55).

            Sendo assim, para que se consiga sucesso, pode se utilizar as obras literárias para promover situações gostosas e significativas como intercâmbio cultural, trabalhos em grupos, debates, dramatizações, dentre outras muitas formas de se trabalhar a Literatura Infantil com criatividade, fazendo com que o aluno sinta-se como sujeito atuante, que se sente liberdade, prazer e gosto pela leitura e com certeza sentir-se-á também orgulhoso e valorizado por participar desse processo.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

 

            A autêntica Literatura Infantil não deve ser feita essencialmente com intenção pedagógica, didática ou para incentivar hábito de leitura. Este tipo de texto deve ser produzido pela criança que há em cada um de nós. Assim, o poder de cativar esse público tão exigente e importante aparece.

            Desta forma, acredita-se que as considerações aqui mencionadas permitiram mostrar o quanto é importante o uso da Literatura Infantil com seu caráter lúdica que proporciona à criança questionamentos, desperta sua imaginação, desenvolve sua criatividade e também o seu espírito crítico. Em suma, é ela que auxilia a criança no conhecimento de mundo e de si mesmo, ampliando-lhe os horizontes.

            É preciso que a criança tenha contato prazeroso com a leitura, pois, elas fazem leitura antes mesmo de aprender a ler. É o que diz a teoria de Emília Ferreiro: “A criança antes de ler letras e palavras, ela ler desenhos. Só depois descobre que existem símbolos para esse fim”. (FERREIRO - 2001)

            A leitura é vivenciada pela criança antes mesmo dela saber o que vem a ser a mesma. Como a criança traz seu próprio conhecimento, percebe-se que a vivência com livros infantis se torna aprendizagem significativa no decorrer de sua vida. Daí a importância de se disponibilizar obras literárias, e de preferência Literatura Infantil, ao alcance das crianças, pois assim a curiosidade e acessibilidade vão fazer com que elas descubram o quanto é importante e gostoso a vivência com a prática da leitura, tornando assim um hábito sadio.

            Assim como a família, a escola e os professores têm um papel importante no desenvolvimento da leitura e no gosto pela mesma, pois o professor pode influenciar os alunos com seus próprios atos e hábitos. Além de se usar o imaginário do aluno, o professor tem que envolver o aluno na trama, para isso, é necessário que ele saiba que a escola é o lugar natural de leitura, que é na escola que o aluno percebe a importância do hábito de ler.

            Contudo, espera-se que o professor ao trabalhar a leitura através da Literatura Infantil, consiga obter êxito de forma gradativa, formando leitores competentes. E que a Literatura Infantil possa ser um caminho para a prática e o prazer da leitura, tornado-a fecunda durante toda a vida.

            Assim sendo, podemos dizer que se a criança for estimulada e incentivada pelo adulto, esta terá mais sucesso. E se esse contato com obras literárias for em boa parte com a Literatura Infantil, que é adequada para a idade infantil, o gosto pela leitura irá se tornar com certeza num hábito prazeroso que se levará para toda a vida.

            Como já citado, o Maravilhoso sempre foi e continua sendo um dos elementos mais importantes na literatura destinada às crianças.

            Considera-se que é nesse sentido que a Literatura Infantil e, principalmente, os contos de fadas podem ser decisivos para a formação da criança em relação a si mesma e ao mundo à sua volta. O que as crianças encontram nos contos de fadas são, na verdade, categorias de valores que são perenes.

            A área do Maravilhoso, da fábula, dos mitos e das lendas tem linguagem metafórica que se comunica facilmente com o pensamento mágico e natural das crianças.

            Contudo o que foi citado espera-se ter deixado clara a importância de se apresentar a Literatura Infantil não só às crianças, mas também aos adultos. Pretendeu-se mostrar que a Literatura Infantil pode ser um caminho para se obter um hábito prazeroso para a prática da leitura, basta usar da criatividade e vontade de fazer com que esse gênero tão agradável possa fazer parte da vida das crianças e de quem quiser participar de histórias maravilhosas, desenvolvendo a oralidade e a imaginação, pois quando se Lê uma obra desse tipo, as pessoas tendem a recontá-la depois.

            Portanto, conclui-se que além de alfabetizar, divertir e prender a atenção do leitor, a Literatura Infantil também educa.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

 

COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna, 2000.

 

CRISTIANE MADANELO DE OLIVEIRA. “A Literatura Infantil” [on line] Disponível na internet via WWW URL: http://www.graudez.com.br/lifint/origens.htm. Capturado em 27/11/2008.

 

CRISTIANE MADANELO DE OLIVEIRA. “A Importância do Maravilhoso. A Literatura Infantil” [on line] Disponível na internet via WWW URL: ttp://WWW.graudez.com.br/litinf/marav.htm. Capturado em 27/11/2008.

 

ESCOLA, Nova. Edição nº 145 - Setembro - 2001. Editora Abril, São Paulo, 2001.

 

FERREIRO, Emília. Alfabetização em processo. 13ª Ed. - São Paulo: Cortes, 2001.

 

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo, Cortez. Autores associados, 1992.

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS. Relatório de pesquisa: A leitura como prática de aprendizagem significativa. Curso Normal Superior, 6º período. Araguaína - 2003/02.

 

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS. Projeto de Pesquisa: A Alfabetização incluindo o sabor da leitura. Disciplina: Pesquisa Educacional - Araguaína, 1998.

 

LUFT, Celso Pedro. Minidicionário Luft. 20ª edição. São Paulo - SP: Editora Ática, 2001.

 

PARÂMETRO CURRICULAR NACIONAL. Língua Portuguesa. Ministério da Educação. Brasil, 1997.

 

PIAGET, J. A psicologia da Criança, 5ª Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.

 

ROCCO, Maria Thereza Fraga. Viagem de leitura. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação à Distância. Brasília, 1996.

 

SMITH, Frank. Leitura significativa. Porto Alegre: Artes Médicas Sul LTDA, 1999.

 

VARGAS, Susana. Leitura: uma aprendizagem de prazer. Rio de Janeiro: José Olympio, p. 14, 1993.

 

 



[1] Graduada em Pedagogia pela Fundação Universidade do Tocantins - UNITINS. Atua como professora de Educação Infantil a doze anos na rede municipal de Educação do município de Araguaína Tocantins.
[2] Graduada em Pedagogia pela Fundação Universidade do Tocantins - UNITINS. Atua como professora de Educação Infantil a oito anos na rede municipal de Educação do município de Araguaína Tocantins.
[3] Graduada em Normal Superior pela Fundação Universidade do Tocantins - UNITINS. Atua como professora de Educação Infantil a quatorze anos na rede municipal de Educação do município de Araguaína Tocantins.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013


PROJETO: LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

PROFESSORA:

JOSIVAM RODRIGUES RAMOS DA COSTA (JOSY)

 

1 – INTRODUÇÃO

Trabalhar com Literatura na escola é promover a aprendizagem que sirva para a constituição de sujeitos que simplesmente não pertençam a uma sociedade, porém a questiona e a transforma.

O professor precisa ler sempre para que seus alunos possam ser envolvidos pelo texto, servindo de referencial para a turma.

 

2 – JUSTIFICATIVA

O presente projeto tem a intenção de levar às crianças da Instituição a familiarização com o hábito da leitura e o contato com obras literárias diversas, através do professor e entes da família que estarão levando e lendo para os pequeninos que ainda não sabem ler.

O objetivo principal desse projeto é o de fomentar o gosto pela leitura desde o inicio das etapas da escolaridade, sendo assim, o incentivo do adulto deve ser fundamental nesse processo, sendo mediador entre a criança e o livro.

 

3 – PROPOSTA DUCATIVA

Usaremos obras de variados autores no âmbito infantil como: contos, lendas e histórias infantis que hoje são referência nacional e internacional. Para tanto, vamos seguir algumas direções:

  • O professor irá ler para as crianças e fará interpretação oral, percebendo assim se entenderam e compreenderam a historia;
  • Fazer dramatização de historias lidas pelo professor em sala de aula;
  • Promover apresentação e encenação através de histórias cantadas visando a participação das crianças e do corpo docente;
  • Trazer os pais para interagirem juntamente com as crianças as leituras e vivenciar o conhecimento obtido por elas;
  • Proporcionar obras literárias através de empréstimo, para que possam levar para suas casas e leiam para as crianças;

 

4 – PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

Propiciar momentos de interação e entretenimento com professores, funcionários do administrativo, gestor e coordenador, onde todos poderão participar do desenvolvimento do projeto, desenvolvendo em todos no meio a capacidade de pensar e crescer através do habito de ler.

 

5 – CRONOGRAMA

1º - Apresentação do projeto ao corpo docente;

2º - Planejar e organizar as ações do projeto;

3º - Apresentar à comunidade (pais) da instituição;

4º - Confeccionar material para os momentos de dramatização e encenação;

5º - Ministrar as aulas de leitura, pondo em prática o que foi elaborado;

6º - Culminar o projeto com a participação da comunidade (pais).

 

6 – CONCLUSÃO

Com a participação de todo corpo docente, discente e comunidade escolar, conclui-se que é um projeto bem aproveitado e de grande relevância não só para as crianças, como também para os pais que estarão diretamente contribuindo e participando do aprendizado das crianças.

 

7 – REFERÊNCIAS

COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna, 2000.

CRISTIANE MADANELO DE OLIVEIRA. “A Importância do Maravilhoso. A Literatura Infantil” [on line] Disponível na internet via WWW URL: ttp://WWW.graudez.com.br/litinf/marav.htm. Capturado em 20/08/2010.

ROCCO, Maria Thereza Fraga. Viagem de leitura. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação à Distância. Brasília, 1996.

VARGAS, Susana. Leitura: uma aprendizagem de prazer. Rio de Janeiro: José Olympio, p. 14, 1993.

 

 

ANEXO

O projeto será desenvolvido com a comunidade escolar, trazendo para junto das crianças, o conhecimento prévio de leitura, vivenciando-a tanto dentro da sala de aula como também em suas casas.

Local: Instituição de Educação Infantil

Araguaina Tocantins

20/08/2010


 

 

 

 

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Josivam Rodrigues Ramos da Costa

Professora